Meu filho decidiu fazer um intercâmbio no exterior: e agora?
Existe um velho ditado que diz que não criamos os filhos para nós e sim, para o mundo. A educação é baseada em princípios e valores para que os pequenos cresçam e possam aprender a se defender sozinhos, enfrentarem dificuldades, aceitar desafios e lidar com riscos. Quando chegam à adolescência ou à fase adulta, começam a caminhar com os próprios pés e levam na bagagem todo o aprendizado de uma infância de cuidados. E durante a época de estudos, é normal que aqueles mais dedicados, sintam vontade de adquirir novos conhecimentos, aprender com fluência uma nova língua e conhecer pessoas que com o mesmo objetivo. É aí que a ideia de fazer um intercâmbio no exterior pode ser uma ótima solução.
Os pais ficam aflitos, por causa desse grande passo na vida dos filhos. Por um lado, a torcida para que a experiência seja única e realmente engrandecedora. Por outro, as dúvidas sobre a adaptação, a receptividade do povo do país de destino, os desafios e as dificuldades que o filho pode enfrentar, sem ter o apoio direto dos pais, devido à distância. A alimentação, a nova rotina, adaptação ao fuso horário. As novidades podem deixar aqueles pais mais protetores muito aflitos!
Mas existem alguns pontos que você pode pensar, que vão ajudar a preparar você para esse grande passo. Afinal de contas, a mudança também acontece para quem fica. Por criamos algumas dicas para ajudar você a passar por essa experiência criando uma relação de tranquilidade e confiança na relação com seu filho.
Dicas para pais prepararem o filho que vai fazer intercâmbio no exterior
1. Otimismo
Primeiramente, pense que milhares de jovens, como seu filho, vão fazer intercâmbio no exterior todos os anos e tudo ocorre super bem. A experiência é única, o aprendizado é grande e seu filho voltará mais amadurecido. Será hora de colocar em prática tudo o que os pais ensinaram e isso, com certeza, fará do jovem alguém mais confiante em si mesmo: característica fundamental para enfrentar a fase adulta que o espera.
2. Orientações
Seja o melhor amigo do seu filho. Conversem para que ele possa se abrir sobre as possíveis dúvidas ou receios sobre a viagem. Tente ouvir e não julgar. Depois amadureça uma resposta e um conselho para que ele guarde na memória e leve consigo, ouvindo as recomendações sempre que for necessário. Não é hora para amedrontar, com o intuito de criar um estímulo que o impeça de fazer algo de errado durante a experiência de intercâmbio no exterior.
Ter consciência do que é bom e ruim, os prós e contras e também, saber agir em determinadas situações, deve ser uma prática constante na vida do filho, estando ele perto ou longe.
3. Alimentação e saúde
Você já conhece os hábitos alimentares e as fragilidades do organismo do seu filho, desde que ele nasceu, não é? Com a mudança para o exterior, não adianta criar um pânico em cima disso. É necessário que ele tenha consciência que a alimentação irá mudar, em vista da cultura diferente em outros países e alertá-lo quanto ao consumo correto de algumas vitaminas, proteína, ferro e tudo o que for necessário para que ele se mantenha saudável durante o intercâmbio no exterior. Se ele possui intolerância a algum componente, é preciso que esteja alerta para ler embalagens e saber se levam ou não o ingrediente. O mesmo para alergias mais sérias, a importância da hidratação, cuidado com o peso e consumo de medicamentos.
O ideal é que ele saiba quais remédios deve tomar para cada sintoma, a quantidade e periodicidade. E se possível, levar com ele os principais medicamentos que costuma usar, minimizando o risco de passar qualquer problema quando estiver afastado de casa.
4.Comunicação
Estabeleçam antes da viagem, como deverá ser a comunicação entre vocês. Quais os meios, horários e quais as informações que vocês gostariam que fossem trocadas para que a tranquilidade impere durante esse período. Principalmente, abra um espaço para que seu filho possa dividir dúvidas ou inseguranças com você durante o período, sem achar que está preocupando os pais com suas perguntas.
Demonstre equilíbrio, companheirismo e proximidade, mesmo que estejam à distância. Se num ímpeto, você reagir fortemente a uma dúvida ou a uma situação que sei filho está passando, é possível que ele se resguarde para não dividir mais nenhuma dificuldade com você, fazendo com que se feche e possa tentar resolver sozinho questões maiores. Por isso, demonstre equilíbrio e força, mesmo que não se sinta verdadeiramente assim.
O intercâmbio no exterior é uma experiência que vem a somar muito na vida do seu filho. Muitos gostariam de ir e não têm condições financeiras para viver esse aprendizado. Por isso, uma preparação antes da partida através de conversas orientadores, com calma e companheirismo, irão ajudar os pais e aos filhos a fazerem da viagem um período tranquilo e enriquecedor.